sábado, 21 de maio de 2011

Ministro da Educação mente a deputados da banca evangélica

Por Priscila Salomé

O ministro da Educação Fernando Hadad foi recebido na Sala de Liderança, anexa ao plenário da Câmara, por um grupo de 24 deputados federais evangélicos na quarta – feira (18). Pressionado, pois os deputados da bancada evangélica se propuseram a não votar nenhum documento de interesse do governo. Isto espantou o planalto que enviou Hadad, para ouvir os evangélicos.

Ministro e deputados foram discutir o material que compõe os kits, que tem distribuição prevista para setembro, a escolas públicas do ensino médio, para combater a homofobia.
Segundo os deputados evangélicos o “Kit-gay” como é conhecido o material estimula o homossexualismo, sendo uma afronta conta os bons costumes da família brasileira”, ressalta o vice-presidente da Frente Evangélica, deputado por Campinas, pastor Paulo Freire. (foto)

Depois de afirmar que desconhecia o material, tanto a cartilha como o vídeo intitulado “Encontrando Bianca” onde um garoto mostra que quer mudar sua identidade, pois descobre que tem trejeitos femininos, e já está lançado na internet em vários sites com milhares de acessos. Os deputados não engoliram esta e outras desculpas do ministro, que por fim se comprometeu a estudar juntamente com eles mudanças no kit.

Na reunião, o ministro disse aos deputados que a amostra tinha ficado pronta na última terça-feira e que ele não conhecia o material, e por fim, se comprometeu a mostrar o material na hora em que ele fosse para a impressão. Os deputados gritaram um “não” que ecoou na sala e ele não teve outra alternativa a não ser em concordar e realizar alterações com aval da bancada.

O ministro provou que o que ele falou sentado não pode sustentar em pé. No dia seguinte no programa Bom Dia, Ministro ele afirmou o seguinte, de acordo com o jornalista Reinaldo Azevedo escreveu em seu Blog na Veja: “Não há nada programado nesse sentido (de alterações no material). Anteontem (terça-feira) houve a entrega do material encomendado que visa a combater a violência contra homossexuais nas escolas públicas do país. A violência contra esse público é muito grande; a quantidade de assassinatos tem inclusive aumentado, e a educação é um direito de todos os brasileiros, independentemente de cor, crença religiosa ou orientação sexual. Todo jovem, criança ou adulto, tem direito a se educar. Os estabelecimentos públicos têm que estar preparados para receber essas pessoas, orientá-las e apoiá-las no seu desenvolvimento”.

A bancada evangélica insatisfeita vai reagir dentro dos próximos dias contra esta falta de respeito por parte do ministro.

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